Venham ver no que deu tal ideia!!
Dois colegas, o Isaac e o Francisco, logo se uniram neste projeto mas era preciso entender melhor o que queria afinal construir o Martim, assim na mesa houve uma reunião de esclarecimentos onde tentaram definir os materiais e as técnicas a usar....
Não era fácil para o Martim explicar o que tinha idealizado e colocado no seu desenho....
Fomos para o computador, ele e eu, tentar encontrar algo parecido que o Martim identificasse com a sua ideia original, se víssemos uma imagem ou video ele poderia mostrar aos colegas e planear finalmente o seu projeto de luzes....
Encontramos este video e o rosto do Martim iluminou-se «é mesmo isto» Martim
Os dias foram passando mas o Martim não se esqueceu da sua ideia e todos as semanas a incluía no nosso plano semanal de atividades.... Até que um dia me sentei com ele e tomei nota dos materiais que ele ia precisar....

O Leonel ajudou o Martim e na reunião da tarde o Martim desvendou a sua nova técnica !!
Ficou então combinado que no dia seguinte o seu grupo de trabalho iria fazer várias bolas com linha para colocar a secar...
Fizeram bastantes e durante toda a atarde o Martim visia as suas bolas para saber quando estão secas...infelizmente teve de esperar um novo dia para as rebentar e ver como ficaram...
Na manhã seguinte os balões estavam secos e duros (pela acção da cola), depois com um palito, o Martim rebentou os balões (depois de ver o video novament, para que tudo corresse bem...)
DEpois foi só encaixar nas luzes que trouxe de casa e ficou 5 estrelas o projeto de luzes do Martim!!
Orgulhoso o Martim mostrou, de luz apagada o efeito que as luzes faziam na nossa sala. Assim nasceu mais um ornamento de natal na nossa sala!!!
Existem projetos que nunca morrem... porque as crianças, as famílias e o grupo investem neles, alimentam-nos até que os começam a ver florescer....
A persistência é uma característica que pode e deve ser trabalhada desde cedo nas nossas crianças, será ela que as ajudará a lutar e defender as suas ideias e projetos no futuro social, familiar e escolar ao longo das suas vidas.
Mais uma vez o papel da família parece ser determinante para que estas ideias peregrinas, se transformem em projetos e por fim que as crianças possam , através deles, construir aprendizagens e saberes. A educadora deve sempre ter tempo para investir nos interesses individuais de uma criança do seu grupo, deve contribuir para o chamado currículo individual de trabalho, com vista ao possível envolvimento de outras crianças nesse projeto, ou não... Investir tempo, significa estar realmente lá, interessada em saber o objetivo e a tentar encontrar soluções válidas que façam a criança encontrar as respostas que precisa para avançar!
O grupo é feito por crianças únicas com interesses comuns ou individuais que serão sempre igualmente válidos e com potencialidade para a construção de novos saberes, basta estar atento!