Nos últimos dias depois de partilhar um pouco da nossa projeção, recebemos algumas mensagens sobre como nascem as nossas projeções.
Elas nascem daquilo que vamos observando. Às vezes é uma descoberta isolada, noutras uma curiosidade que investigam ou reparam repetidamente...
Este frio veio despertar o interesse das crianças. É uma reação física, emocional, que mexe com o conhecimento e a construção de novos conceitos sobre o mundo.
Aqui estava o foco de interesse do grupo.
Agora era preciso ficar atenta e tomar nota das coisas que as crianças vivenciam em dias de frio...
O corpo sente frio
Os carros ficam congelados
A boca deixa sair um fumo branco quando conversamos na rua...
O corpo fica mais quentinho quando brincamos ao sol...mas fica mais frio quando brincamos na sombra...
O frio deixa as mãos de quem chega da rua geladas...porque o frio vive lá fora Na rua...
Conhecer e investigar as estações do ano é muito mais que imagens de bonecos de neve...
Investigar o frio é senti-lo no seu corpo, mais que conhecer o nome da estação do ano cantada numa canção ou ilustrada num bom livro... ( e tudo isso é importante, mas, por si só, não é suficiente, não dá voz nem VEZ à curiosidade da criança...)
Explorar o frio é reconhecer na natureza a transformação das matérias...
Explorar o frio é reconhecer que ele faz parte do mundo que desejamos desbravar.
Afinal a criança é feita de cem encontros e de cem linguagens.
Nasce assim a nossa projeção.
A nossa projeção tem vários objetivos, como favorecer o desenvolvimento da sensibilidade das crianças, o fluxo de sua crescente intenção criadora e potencializar as suas habilidades para dar forma às suas ideias e iniciativas . O faz de conta, as capacidades manipulativas, sensoriais e criativas, servem de impulso ao uso da oralidade, na comunicação das suas ideias e conceitos.
Ao longo de mês vamos elaborando a nossa documentação .
Durante cada proposta, de cada atelier, de cada exploração vamos tomando notas que clarifiquem os processos usados pelas crianças.
Não temos receitas para aplicar de forma a manter vivo o interesse das crianças nos elementos apresentados. Acreditamos que o envolvimento das crianças lhes permite a apropriação profunda dos elementos explorados, assim, conseguimos sentir/constatar/registar...
Não temos receitas, mas temos tempo, oportunidade e disponibilidade para observar, registar e refletir sobre cada dia.
Elas nascem daquilo que vamos observando. Às vezes é uma descoberta isolada, noutras uma curiosidade que investigam ou reparam repetidamente...
Segundo Ostetto (2017) «registar é escrever sobre a prática, tecer memória das experiências, com anotações que serão matéria de análise e de reflexão»Por estes dias esteve realmente muito frio, as crianças viviam isso, sentiam isso, aqueciam as mãos dos amigos que iam chegando gelados vindos lá de fora.
Este frio veio despertar o interesse das crianças. É uma reação física, emocional, que mexe com o conhecimento e a construção de novos conceitos sobre o mundo.
Aqui estava o foco de interesse do grupo.
Agora era preciso ficar atenta e tomar nota das coisas que as crianças vivenciam em dias de frio...
O corpo sente frio
Os carros ficam congelados
A boca deixa sair um fumo branco quando conversamos na rua...
O corpo fica mais quentinho quando brincamos ao sol...mas fica mais frio quando brincamos na sombra...
O frio deixa as mãos de quem chega da rua geladas...porque o frio vive lá fora Na rua...
Conhecer e investigar as estações do ano é muito mais que imagens de bonecos de neve...
Investigar o frio é senti-lo no seu corpo, mais que conhecer o nome da estação do ano cantada numa canção ou ilustrada num bom livro... ( e tudo isso é importante, mas, por si só, não é suficiente, não dá voz nem VEZ à curiosidade da criança...)
Explorar o frio é reconhecer na natureza a transformação das matérias...
Explorar o frio é reconhecer que ele faz parte do mundo que desejamos desbravar.
«Documentar (estas situações e vivências) é atentar-se daquilo que as crianças fazem no seu dia-a-dia nos nossos espaços, é dar visibilidade ás ações e concepções» que fazem sobre o mundo.E como afirma a atelierista Vea Vecchi , é preciso traduzir em linguagem de gente grande, toda a riqueza que as crianças sabem, descobrem e sentem sobre o mundo e os conceitos que vão tecendo sobre esse mundo.
«Existe uma cultura da infância submersa, por isso creio que seja importante, para quem trabalha com crianças, torna-la visível.»(, V, Vecchi, Diálogos com Reggio Emilia, 2005)Com todos estes elementos em mão era tempo de olhar as anotações e pensar em formas para AMPLIFICAR as descobertas. Usando cem pensamentos, cem recursos, cem situações, recorrendo a cem outras pessoas que possam trazer algo mais ao grupo.
Afinal a criança é feita de cem encontros e de cem linguagens.
Nasce assim a nossa projeção.
A nossa projeção tem vários objetivos, como favorecer o desenvolvimento da sensibilidade das crianças, o fluxo de sua crescente intenção criadora e potencializar as suas habilidades para dar forma às suas ideias e iniciativas . O faz de conta, as capacidades manipulativas, sensoriais e criativas, servem de impulso ao uso da oralidade, na comunicação das suas ideias e conceitos.
Ao longo de mês vamos elaborando a nossa documentação .
Durante cada proposta, de cada atelier, de cada exploração vamos tomando notas que clarifiquem os processos usados pelas crianças.
Não temos receitas para aplicar de forma a manter vivo o interesse das crianças nos elementos apresentados. Acreditamos que o envolvimento das crianças lhes permite a apropriação profunda dos elementos explorados, assim, conseguimos sentir/constatar/registar...
- qual o aprofundamento da relação das crianças com os materiais explorados ao longo da sequência de atividades?
- Qual o desenvolvimento das habilidades para manipular estes materiais e criar através deles?
- Qual o relacionamento das crianças com a diversidade de possibilidades e propostas disponíveis nos diferentes espaços e de que forma manifestam as suas escolhas?
Não temos receitas, mas temos tempo, oportunidade e disponibilidade para observar, registar e refletir sobre cada dia.
«Coloca-te de lado por um momento e deixa o espaço para que ocorra a aprendizagem. Observa cuidadosamente o que as crianças fazem e então, se entendeste bem, talvez possas ensinar de forma diferente apartir daí...» LorisMalaguzzi