Madruguei!
Queria aproveitar cada minuto deste domingo!
«Quando eu sonho, gosto de Sonhar muito!», alguém escrevera a frase na parede! Juro que não fui eu... mas podia ter sido... este é o meu maior sonho (era, porque agora quero vive-lo por mais dias, mas isso será outra história...).
Segui, agora com a luz do dia.
Encontrei várias indicações pelo caminho. Caminhar em Reggio é muito fácil, quase intuitivo!
Aquela placa lembra-me que EU estou a Caminho!
Pelo caminho no túnel de acesso á estação e à zona industrial, encontro várias representações gráficas.Mensagens subtis estas... que me prendem o olhar.
Caminho com tempo. Posso parar, ler as frases escritas nas paredes, aprecio o traço dos artistas de rua e encontro a pedagogia Reggio abraçada pelas ruas da cidade.
O projeto «A bicicleta».
O projeto que havia lido numa documentação estava ali frente aos meus olhos.
A cidade a acolher o pensamento, as metáforas das crianças e as suas leituras e ressignificações sobre esse elemento... a bicicleta!
Paro para ler a documentação. Podemos ler em italiano ou em inglês (embora tenha ficado espantada pela dificuldade com que os jovens e adultos de Reggio mostram em usar o inglês como idioma).
As ruas são habitadas por centenas de bicicletas.
As crianças usam-nas.
Os adultos usam-nas.
A bicicleta é um objeto icónico, bem como o perfume (que os habitantes partilham sempre que passam por nós nas ruas! Lembro-me de um livro que li, «A menina do perfume de Reggio», que a Ana Lopes que emprestou. Falava de um enorme projeto sobre os aromas da cidade de Reggio. Esta leitura fez-me preparar e escolher um aroma para marcar a minha estadia por aqui. Trouxe um perfume sim! Esse será o MEU aroma de Reggio agora, porque as memórias também são feitas de aromas! Este era, um projeto à mesma escala do outro sobre o perfume. A diferença é que agora ele não era um livro, mas era algo muito vivo e real, ali, mesmo à minha frente!)
Encanto-me pela forma como crianças dos 2 aos 12 anos poderem explorar, pensar e criar «A Bicicleta».